Pelo Alto Alentejo / 1
Os homens desertaram destas terras.
Só um bacoco, a rufiar com a sombra,
só um bacoco, bolsado das tabernas,
em sete palmos, só, se reencontra.
Turistas fotografam cal e pedras:
o cubismo de casas e ruelas.
Nas soleiras sobraram umas velhas.
Escorre-lhes o preto pelas canelas.
Num caixote com rodas, meigo tolo,
– um que não veio, aos ésses, lá das Franças,
passar com os velhotes as vacanças –
preso a um fio de cuspo, vende jogo.
Eu e a Teresa procuramos queijo.
O melhor que se traz do Alentejo.